Comadres, olá!
Do dia 1º ao 7º dia de agosto, acontece a
Semana Mundial de Aleitamento Materno.
Passeando, então, pela blogosfera, encontrei no
Luz de Luma, yes party! uma blogagem coletiva que tocou muito meu coração:
"Porque sou ativista da amamentação", que está na segunda edição.
Registro aqui, então, minha participação. Com muito amor!
* que saudades!... *
Quando engravidei, uma das minhas maiores preocupações eram se eu teria leite para amamentar meu filho, já que minha mãe, como ela mesmo costuma dizer, "nunca foi muito boa de leite", e minha irmã não pôde amamentar nenhum dos meus três sobrinhos - fez de tudo, mas não conseguiu produzir uma gota de leite. Sinto por ela, porque hoje sei o que significa amamentar um filho!
Quando o Gabriel nasceu, minha primeira experiência com a amamentação não foi muito prazerosa, porque tendo feito cesárea, precisava me manter na horizontal por conta da anestesia. Com isso, meu leite não descia. Então, as enfermeiras levaram meu bebê para o berçário para amamentá-lo. Me deu uma dor no peito! Um medo de não conseguir...
...Mas no outro dia tudo melhorou, graças à Deus: com meu filho sugando avidamente, num apetite enorme, meu leite começou a descer. Todo mundo ficava encantado com o apetite dele! Rsrsrs...
Mas, amadas, quando dizem que o psicológico pode ajudar ou prejudicar e muito na amamentação, acreditem, porque é verdade.
Vou ser direta mas espero não ser indelicada: desde o dia do nascimento na maternidade até os seguintes, já em casa, o Gabriel e eu não tivemos um único minuto à sós, a não ser à noite (bem tarde da noite), quando íamos dormir (ele, né, porque eu, mamãe de primeira viagem quase não conseguia. Ficava o tempo todo olhando ele, admirando e verificando se estava tudo bem. Sabem como é, né? Rsrsrs...). Muitas visitas o tempo todo. Eu não conseguia controlar por estar tão frágil, em resguardo. Meu marido, bem... ele é tão festivo quanto a família dele e entrava no ritmo. Só Deus sabe o quanto foi difícil pra mim!
Bom, para saberem o quanto foi difícil pra mim, basta considerarem: toda essa agitação me custou o leite para amamentar meu filho!
Foi reduzindo, reduzindo... meu filho chegou a, com dois dias de vida, amigas, queimar de febre por desidratação. Isso sei que nunca vou me esquecer! E como dói lembrar...
Então, corremos ao pediatra, ele "leu um sermão" enorme primeiramente para meu marido e sua família, medicou meu filho e incluiu o leite em pó.
Importante: quero deixar registrado aqui que gosto muito e respeito demais a família do meu marido e que nos damos muito bem. Tivemos este problema nesta época simplesmente porque eles são tão festeiros que não tem pausa, sabem, meninas? Não consideraram que eu e meu filho precisávamos de paz e serenidade especialmente neste período.
Todo mundo diz: "quando o bebê pega a mamadeira, deixa o peito", mas não foi o que aconteceu comigo - mesmo com pouco leite, o Gabriel mamava em mim também. Me emociona tanto me lembrar disso!... Se eu me desconcentrar do texto, amadas, me desculpem, tá?...
...Pois bem, e assim foi até o sétimo mês: o Gabriel mamava em mim e na mamadeira.
Neste período, o pediatra me aconselhou passar a manter somente a mamadeira porque por ele mamar demais e eu não ter tempo de me alimentar tanto quanto o necessário para me manter forte e saudável, eu estava emagrecendo demais, beirando à anemia. É que até os 7 meses ele ainda acordava para mamar à noite, acreditam? Três vezes por noite!!! Que apetite!
Como foi difícil deixar de amamentá-lo, meninas! Dói até hoje! Difícil pra mim e o porquê não sei nem explicar mas quem é mãe entende bem o que estou dizendo e pra ele, porque ele não queria deixar de mamar em mim.
Os meses se passaram... Hoje o Gabriel já tem 1 aninho e 8 meses, mas ainda sinto saudades de amamentá-lo e acho que vai ser assim pra sempre.
As dificuldades dos primeiros dias, que relatei acima, deixaram sequelas em minha alma, mas o fato de olhar para o meu filho hoje tão cheio de vida, tão saudável e inteligente, me dá forças para tentar ofuscar de alguma maneira tudo aquilo...
Amigas-comadres-leitoras, obrigada por me "ouvirem", me lerem. Obrigada de coração. Esse foi somente um dos capítulos (uns tristes, outros felizes) da minha vida que tenho a compartilhar, com muito carinho, com vocês!
Portanto... amamentar é preciso e é uma benção! É importante para o bebê e para a mãe também!
Dia desses, ouvi de uma conhecida que caso ela venha a ser mãe um dia optará por não amamentar por medo de seus seios ficarem flácidos, caírem...
...Lamentável! Prefiro até não comentar!
Que fique bem claro, então:
Sou ativista da amamentação!!!
Deus abençoe!
Bjs!
Karin Filgueira